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Seminário afirma o valor de arquivos para a memória e reparação

09/06/2016

Equipe da Escola Sindical 7 de Outubro apresentará a experiência do Centro de Documentação e Memória no 4º Seminário internacional: o mundo dos trabalhadores e seus arquivos, em São Paulo

Escrito por: Escola Sindical 7 de Outubro com informações do site da CUT

A comunicação sobre as experiências de estruturação do Centro de Documentação e Memória da Escola Sindical 7 de Outubro será apresentada na Sessão "os arquivos dos trabalhadores do campo e das cidades, por Emanoel Sobrinho e Maria Alves Campos, funcionários da Escola, durante o 4º Seminário internacional: o mundo dos trabalhadores e seus arquivos, na cidade de São Paulo, na tarde de hoje (9).

O “4º Seminário Internacional ocorre, desde ontem (8), no auditório do Sindicato dos Químicos de São Paulo. Durante o encontro, especialistas debatem a preservação desses arquivos e sua importância para retomar uma narrativa que ultrapasse a oficial e oferecer subsídios para reparações às vítimas.

O seminário se concentra na discussão sobre o largo acervo de documentos acumulados em arquivos de entidades ligadas à classe trabalhadora, de forma a garantir que o respaldo histórico garanta a preservação da memória e o julgamento dos opressores. A organização do evento é de diversas entidades, entre elas o Cedoc, Centro de Documentação e Memória da CUT.

O Secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre, abriu o seminário e lembrou da luta dos militantes pela preservação da memória. “Quando nós fizemos o debate de recuperar esse período da história, houve muita resistência. Muita gente da direita dizia: ‘vamos olhar pra frente, esquecer as feridades do passado’. Mas é importante olharmos para trás”, afirmou.

Nobre aproveitou para estabelecer uma ponte com a atual conjuntura política brasileira. “Nós estamos fazendo esse debate num momento especial do País, temos um golpe em curso no Brasil. É um golpe contra a democracia e contra os direitos dos trabalhadores. Basta ver que os golpistas estão extinguidos todos os espaços democráticos do Brasil, não temos mais mulheres e negros no governo. Preservar a memória é garantir que golpes não se repitam na história do País”, lamentou o Secretário-Geral da CUT.

Preservar a memória

“O arquivo é uma fonte extremamente importante para ações de reparações e reafirmação de valores e compromissos com justiça e direitos humanos”, assim definiu a professora da USP, Ana Maria de Almeida Carvalho, para quem o acúmulo de informações documentadas sobre a ditadura no Brasil é sintoma da soberba do regime.

“A ditadura acreditava que havia se revestido de legalidade, tanto que eles não se preocuparam em apagar os arquivos, o que acabou sendo usado contra eles. Eles não mutilavam esses documentos porque achavam que o que faziam era legal, o que torna a ação ainda mais absurda”, afirmou a professora.

Ramon Alberch Fugueras, da Universidad Autónoma de Barcelona e do grupo “Archiveros sin Fronteras”, de Barcelona, na Espanha, foi o convidado especial do primeiro dia do evento, que se estenderá até a próxima sexta-feira (10).

“O direito à Justiça implica na obrigação do estado de averiguar, julgar e punir os autores de ofensas aos direitos humanos”, explicou o especialista, que apontou um país vizinho do Brasil como paradigma no assunto. “A Argentina é referência na preservação da memória e aplicação dela na prática nos tribunais, punindo os torturadores e ditadores. O Estado deve entregar os documentos dos seus crimes às entidades de direitos humanos, principalmente os que são ligados às vítimas”, encerrou o professor.

Para Adilson Pereira, coordenador geral da Escola Sindical 7 de Outubro, a participação da Escola no 4º Seminário internacional é fundamental para que nós possamos nos inserir na rede de centros de documentos no Brasil e no mundo, tendo em vista a implementação do Projeto Memórias em Movimento, selecionado pelo MinC para preservação e organização do nosso acervo arquivístico, documental e bibliográfico.

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