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Conjuntura e a Formação de Formadores da CUT

13/05/2017

Dirigentes sindicais manifestaram solidariedade a Lula através de vídeo que menciona as principais políticas públicas criadas no período em que ele foi presidente da República

Escrito por: Emanoel Sobrinho, educador da Escola Sindical 7 de Outubro

 

Não existe neutralidade na educação. Aqueles que defendem a “escola sem partido” negam a formação crítica e a possibilidade dos sujeitos do processo educativo assumirem posição diante da realidade social, buscando transformá-la. A Formação de Formadores da Escola Sindical 7 de Outubro, da CUT, se contrapõe a este projeto despolitizante de educação e que criminaliza as lutas por conquista de direitos organizadas pelos movimentos sociais no Brasil.

O segundo módulo do Curso de Formação de Formadores da CUT reuniu 25 dirigentes sindicais CUTistas dos estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, entre os dias 9 e 11 de maio, na Escola Sindical 7 de Outubro, Barreiro, Belo Horizonte-MG.

Em razão da atualidade da luta de classes no Brasil, os e as dirigentes sindicais produziram um vídeo em apoio a Lula, na tarde do dia 10 de maio, quando o ex-presidente da República prestava depoimento à justiça federal do Paraná. Para eles e elas, as políticas públicas de desenvolvimento e inclusão social dos dois mandatos do Lula à frente do governo federal são os fatos que justificam a caçada incessante da mídia hegemônica e das elites.

Neste mesmo dia, os participantes do curso interromperam a noite cultural para assistir a cobertura da TVT ao ato de apoio ao ex-presidente Lula. Todos vibraram com a fala carregada de resistência e esperança do maior estadista da esquerda brasileira, envolto a uma manifestação com mais de 60 mil militantes em Curitiba.

Sem perder de vista a proposta didático-metodológica, este módulo abordou os modelos de escola e os principais pensadores da educação do Brasil e do mundo, a partir da seguinte questão disparadora: quais aportes teórico-conceituais interessam a nossa formação?

Na avaliação dos participantes, as formulações teórico-metodológicas das pedagogias socialista e libertadora são relevantes para estruturar a formação de sujeitos críticos e engajados na ação coletiva por mudanças progressistas na sociedade.

A atualidade da luta de classes no Brasil exige uma atuação militante e educativa que extrapole a base organizada pelos sindicatos. Nesse sentido, a formação CUTista deve alcançar as camadas populares das periferias e comunidades rurais. Daí a proposta do Programa Formigueiro da Secretaria Nacional de Formação da CUT para discutir os direitos que estruturam a cidadania no campo e nas cidades, entre os quais, educação, saúde, transporte e moradia.

O Formigueiro resgata a perspectiva do sindicato cidadão, concebida pela Central, na década de 1990, e desafia os militantes formadores a dialogarem com problemas concretos relacionados ao direito à cidade. Para os dirigentes Samir Seródio e Dirceu Godinho (Lêla), da ASSIN-ES, o material do Formigueiro precisa incorporar elementos de cidadania do mundo rural. Territorialidade, mobilidade no meio rural, saneamento ambiental, educação do campo e cultura fazem parte de um campo que não quer ser visto apenas pela produção agrícola.

Lucima Martins, dirgente sindical a FETRAF-MG e secretária da mulher trabalhadora da CUT-MG, o Formigueiro está em sintonia com a perspectiva de construção da cidadania e do poder local que vem “de baixo pra cima”. É com trabalho de base no meio popular que vamos alterar as estruturas de dominação social que atacam os oprimidos.

Segundo Adilson Pereira dos Santos, dirigente metalúrgico e coordenador geral da Escola Sindical 7 de Outubro, o golpe contra os direitos e a democracia tem um forte caráter ideológico. Pesquisa recentemente realizada pela Fundação Perseu Abramo na periferia da cidade de São Paulo indica, entre outros aspectos, que setores das camadas populares defendem os valores competitivos da sociedade capitalista. Sem educação de massas dificilmente conseguiremos que as camadas populares se reconheçam como parte da classe trabalhadora nem conseguiremos seu engajamento na luta por direitos, democracia e justiça social.

Dirigentes sindicais do Curso de Formação de Formadores durante o 2º módulo, na Escola Sindical 7 de Outubro.

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