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Escola Sindical 7 de Outubro acolhe Caravana do Semiárido Brasileiro Contra a Fome

30/07/2018

Escola Sindical 7 de Outubro, espaço de acolhida em Minas Gerais para os mais de 100 militantes dos movimentos sociais do semiárido brasileiro que denunciam o retorno do país no Mapa da Fome da ONU

Escrito por: Emanoel Sobrinho, educador da Escola Sindical 7 de Outubro

 

Mais de 120 militantes de entidades da Articulação do Semiárido (ASA), do Movimento Sem-Terra (MST), da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (CONTAG) e organizações vinculadas à Frente Brasil Popular, como o Levante Popular da Juventude, que participam da Caravana do Semiárido Contra a Fome, foram acolhidos hoje (30/07) pela Escola Sindical 7 de Outubro, no Barreiro, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

A Caravana começou no dia 27 deste mês, em Caetés (PE), cidade Natal do ex-presidente Lula, com um movimento de massas que levou mais de 5 mil pessoas às ruas. O principal objetivo desta iniciativa popular o retorno do Brasil no Mapa da Fome da ONU como efeito do golpe de Estado de 2016 contra o governo Dilma Rousseff, segundo as organizações da Caravana.

Antes de passar pelas terras mineiras, as e os militantes participaram de ato de rua em Feira de Santana (BA), no dia 28 de julho. Denunciando a mazela da fome e anunciando a esperança do povo que luta por direitos e democracia no Brasil, pois no “semiárido é onde a vida pulsa e se faz a resistência”, palavras de ordem da Caravana.

Como resultado da adoção de políticas voltadas para o fortalecimento da agricultura familiar e segurança nutricional, entre os quais os programas Bolsa Família, Cisternas do Semiárido e a inserção de produtos da agricultura familiar na alimentação escolar (PNAE/ PAA), o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU em 2014.

O desmonte das políticas públicas está afetando principalmente a população nordestina e da periferia dos centros urbanos brasileiros, chama atenção Alexandre Henrique Pires, coordenação da ASA Brasil pelo estado de Pernambuco, durante a abertura da mística realizada na quadra da Escola Sindical 7 de Outubro, nesta manhã.

Formando uma grande ciranda, as delegações de cada estado do semiárido brasileiro apresentaram seus militantes, entidades e movimentos sociais com os seguintes versos: “A minha fome não é minha só, ela é de todos nós, ela é de todos nós...”. “A sua fome não é sua só, ela é de todos nós...”. Combater o retorno da fome é uma questão de solidariedade e de luta política, enfatizou uma militante da Caravana.

Adilson Pereira dos Santos, coordenador geral da Escola Sindical 7 de Outubro, falou sobre a história da Escola Sindical como resultado da solidariedade de classe entre trabalhadores brasileiros e italianos para construir um instrumento de formação política a serviço da classe trabalhadora e vinculado à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Adilson destacou que a prioridade da formação sindical é denunciar o caráter de classe do golpe de 2016, pois ele atingiu diretamente os empregos, a renda e os direitos das e dos trabalhadores brasileiros. Para tanto, a CUT conta suas Escolas Sindicais, presentes em todas as regiões do país.

A Escola Sindical 7 de Outubro tem direcionado seus cursos de formação para refletir sobre estratégias de enfrentamento ao desmonte dos direitos trabalhistas e sociais, a partir do fortalecimento dos sindicatos e movimentos da classe trabalhadora, ressaltou Adilson.

Num gesto simbólico de agradecimento pela acolhida, Adilson recebeu de dois militantes bonés do MST, que foi distribuído para toda a equipe da Escola Sindical

Antes de pegar estrada, rumo à Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema (SP), as e os militantes da Caravana do Semiárido Brasileiro Contra a Fome panfletaram na Praça 7 de Setembro, no centro de Belo Horizonte.

Esta jornada de solidariedade e esperança percorrerá 4,3 mil km até o dia 7 de agosto. Passará pela Vigília Lula Livre, em Curitiba (PR), para fortalecer a resistência contra a prisão política da maior liderança popular do país, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e de lá partirá para Brasília (DF), onde as entidades pretendem dialogar com autoridades competentes sobre a importância das políticas de convivência com o semiárido e fortalecimento da agricultura familiar.

 

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