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Escola 7 constitui seu Núcleo de estudos sobre o mundo do trabalho

03/09/2015

Há duas semanas o Núcleo debate a conjuntura econômica global

Escrito por: Escola Sindical 7 de Outubro

 

O estudo e a pesquisa são exigências fundamentais para o processo de ensino-aprendizagem. Na formação sindical não é diferente. Os formadores sindicais devem assumir uma atitude permanente de estudo-pesquisa para enriquecer seu repertório formativo, visando o desenvolvimento de práticas pedagógicas com maior profundidade de conteúdo e consistência metodológica.

Partindo desta perspectiva, a Escola Sindical 7 de Outubro constituiu o seu Núcleo de estudos sobre o mundo do trabalho, com a participação da sua equipe de formação. Os temas são definidos de forma coletiva e, a cada semana, um membro do núcleo é responsável por pesquisar e conduzir a proposta do estudo temático. Esse membro também fica responsável por sistematizar o debate sobre o tema, o que possibilita a formulação de novas questões e conteúdos que podem ser utilizados nos processos formativos da Escola 7.

Conjuntura Econômica em estudo

Na semana passada (26/08), o estudo foi coordenado pela formadora Silvia De Martin e se voltou para uma leitura crítica ao artigo Presidenta Rousseff declara guerra à classe trabalhadora, do sociólogo estadunidense James Petras, publicado em dezembro de 2014.

Nesta proposta, o artigo contribuiu para aprofundar a crítica ao modelo de política econômica adotado pelo Governo Dilma e protagonizado pelo Ministro da Fazenda Joaquim Levy, que favorece a lógica rentista na economia brasileira, em detrimento ao processo de industrialização, à geração de empregos e às políticas sociais. Este estudo colocou em questão a hegemonia exercida pelo capital financeiro na economia global nos últimos anos.

Um olhar sobre os BRICS e o NBD na geopolítica financeira

Dando continuidade ao debate sobre conjuntura e economia, ontem (02/09), os BRICS e o Novo Banco de Desenvolvimento foram objeto de estudo, sob a coordenação do formador Emanoel Sobrinho.

O papel do capital financeiro na disputa de hegemonia global constituiu-se como o fio condutor do estudo, reconhecendo-se que o crédito é uma das peças principais da engrenagem capitalista. Consequentemente, quem controla o crédito determina a produção de bens e serviços (mercadorias) e a reprodução do capital, bem como exerce forte influência sobre os Estados (que deveriam ser soberanos) e suas políticas econômicas. A Grécia é um bom exemplo deste controle exercido pelas agências financeiras, como FMI e Banco Central Europeu/Comissão Européia.

O acrônimo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) foi cunhado pelo economista Jim O’Neill, chefe de pesquisa em economia global do grupo financeiro Goldman Sachs. A institucionalização dos BRICS é marcada pela criação do Acordo Contingente de Reservas e do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), durante a VI Cúpula dos chefes de Estado dos países-membros, realizada em 2014 na cidade de Fortaleza/CE.

Este fato apontaria para uma maior influência dos BRICS na geopolítica financeira mundial. O NBD visa o financiamento de projetos de desenvolvimento sustentável e de infraestrutura no setor público dos seus países-membros dos BRICS e demais países da ONU. Há o reconhecimento de que o FMI e o Banco Mundial não atendem o déficit de infraestrutura de países emergentes, principalmente, na Ásia e na África.

Nos debates do núcleo de estudos foram apontadas algumas questões: o NDB dos BRICS é uma ruptura ou um complemento ao Banco Mundial e ao FMI? As organizações da classe trabalhadora terão poder de influência nos projetos financiados pelo NDB, a fim de que eles considerem o interesse social do trabalho e da preservação ambiental? Quais os parâmetros utilizados para considerar que o projeto a ser financiado está realmente voltado para o desenvolvimento sustentável e para a infraestrutura de interesse social?

Chama atenção que o NDB é a primeira agência financeira internacional não comandada pelos EUA e pela Europa, desde o advento do Sistema de Bretton Woods (em 1944), que criou o Banco Internacional de Reconstrução do Desenvolvimento (BIRD) e o Fundo Monetário internacional (FMI).

Próximos passos: Manifesto Comunista de 1848 em foco

Os artigos estudados e textos sistematizados pelos formadores serão disponibilizados no site da Escola Sindical 7 de Outubro. O núcleo de estudos da Escola 7 pretende contar com a participação de dirigentes e militantes sindicais interessados pelo bom debate de ideias.

Por essa razão, o estudo sobre o Manifesto do Partido Comunista de 1848 será aberto para interessados no tema. O estudo será realizado na sala de reuniões da Escola Sindical 7 de Outubro, das 14h às 18h, no dia 30 de setembro (quarta-feira).

O núcleo de estudos conta com a participação de Carlos Sacramento (assessor da coordenação) e Emanoel Sobrinho, Luiz Oliveira (Luizinho) e Silvia De Martin (equipe de formação).

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