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Frente Brasil Popular Minas articula mais ações contra o golpe e em defesa da democracia

20/04/2016

Manifestações, atos e marchas seguirão ocupando as ruas Minas Gerais

Escrito por: Rogério Hilário, com informações da Frente Brasil Popular Minas - publicado em 19/04/2016 no site da CUT Minas

 

Em Plenária da Frente Brasil Popular Minas realizada na noite de segunda-feira (18), no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-MG), no Bairro Santo Agostinho, dirigentes e militantes de dezenas de centrais sindicais, movimentos sindical, sociais e populares e lideranças políticas definiram o próximo calendário de lutas em defesa da democracia e contra o golpe em curso no país. 

A presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Beatriz Cerqueira, que coordenou a mesa juntamente com José Antônio de Lacerda, o Jota, presidente da CTB, salientou que a mobilização vai ser intensificada e que trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, e as forças democráticas e progressistas, juristas, advogados, artistas, religiosos não sairão das ruas até barrarem o golpe. Compuseram também a mesa Ester Hoffmann, do MST, e Juarez Guimarães, professor de Ciência Política da UFMG.

As ações principais serão as mobilizações no dia 21 de abril, como Ato da Democracia em Ouro Preto, e a Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, no 1° de Maio, em São Paulo. Nesta terça-feira (19), às 18 horas, acontece, a Plenária das Mulheres, no auditório da CUT/MG. No dia 22, a Marcha em Defesa da Democracia deixará Ouro Preto e passará por Mariana em direção a Belo Horizonte, onde chegará no dia 26, data da Plenária Sindical da CUT/MG e da CTB, no Sindieletro-MG. No dia 30 de abril, o Debate sobre a Petrobras será realizado no Sinpro-MG.

“As mobilizações e os atos foram importantes para mostrar à população o que está em jogo. A paralisia da política e da economia se deve a um Congresso que boicota o governo da presidenta Dilma Rousseff desde janeiro de 2015. A votação de domingo mostrou que Congresso enfrentamos. Todos viram que os deputados votaram por interesse próprio. Estão zombando da gente. Os deputados do Estado que votaram pelo impeachment não falaram por Minas. Por isso, vamos intensificar as agendas de rua”, afirmou Beatriz Cerqueira.

Para a presidenta da CUT/MG, as mobilizações também servem para alertar a população sobre as propostas que estão no Congresso e, com o golpe, podem atingir a todos. “Os projetos que estão na Câmara e no Senado atacam diretamente a classe trabalhadora. São pautas que preveem a ampliação da terceirização, a possibilidade do negociado valer sobre o legislado nas convenções e acordos coletivos, entre outras tentativas de retirada de direitos conquistados. O vice-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paul) teve a coragem de dizer, em uma entrevista, que o trabalhador não precisa de uma hora para o almoço. Para ele bastaria 15 minutos”, salientou Beatriz Cerqueira.

A presidenta da CUT/MG voltou a afirmar que o golpe é uma ameaça à democracia. “O golpe é a fragilização da democracia. O que vimos no domingo foi uma eleição indireta. Nós somos críticos do governo federal, mas isso não nos dá o direito de tirar o governante do cargo. Pelo que aconteceu, basta apenas não gostar de um presidente para afastá-lo. Ainda mais todo o processo foi um golpe. Não pode haver um impeachment quando não há crime. A argumentação não tem qualquer fundamento.”

“Os atos de domingo demonstraram que cresceu o entendimento da população de que estamos num processo de golpe. As comemorações do resultado da votação na Câmara foram envergonhadas. Na UFMG, não houve um único professor que manifestasse a favor do golpe. Nós lideramos a vitória da presidenta nas eleições de 2014, derrotando Aécio Neves três vezes. E é muito importante a luta a aqui, em Minas Gerais. Aqui vai ser o cenário de resistência ao golpe. Como disse Lula, durante a greve dos metalúrgicos de 1978: quem ninguém mais ouse duvidar da capacidade da classe trabalhadora. É o povo soberano que garante a Constituição”, afirmou Juarez Guimarães.

“O domingo foi o último cartucho da nossa ilusão. Quem disse sim não tinha nenhum processo de politização ou de projeto que atenda as necessidades do povo. Qual o projeto que a burguesia tem para o povo: nenhum. Nós, do MST, temos uma proposta de construção de um projeto popular de sociedade, que deve ser construído de forma unitária. Propomos a marcha como um grande ato de solidariedade entre trabalhadoras e trabalhadores, para forjar a unidade da classe trabalhadora. Estaremos em Ouro Preto, no dia 21, defendendo a democracia, sairemos de lá no dia 22 e passaremos por Mariana, para denunciar e discutir o crime ambiental da Samarco e dialogar sobre a reforma agrária”, disse Ester Hoffmann, do MST.

O calendário de atividades construído pela Frente Brasil Popular Minas foi apresentada e debatida na tarde desta terça-feira (19) aos dirigentes e militantes de sindicatos CUTistas em Plenária da CUT/MG, realizada na sede da Central, no Centro de Belo Horizonte. Outras mobilizações e ações, para intensificar a luta em defesa da democracia e contra o golpe, foram decididas na Plenária.

Calendário de Lutas em Defesa da Democracia e contra o Golpe

19 de abril - Plenária das Mulheres - 18 horas, auditório da CUT/MG

21 de abril – quinta-feira - Ato pela Democracia - em Ouro Preto

22 de abril – sexta-feira - saída de 1.800 lutadoras e lutadores de Ouro Preto em direção a Belo Horizonte, Marcha em Defesa da Democracia

26 de abril – terça-feira - chegada da marcha em Belo Horizonte e Ato político pela Democracia e contra o Golpe

26 de abril - Plenária Sindical, 19 horas, Sindieletro-MG

30 de abril - sábado - debate sobre a Petrobras - 10 horas, Sinpro-MG

1° de maio - Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora

Nota da Frente Brasil Popular e da Frente Povo Sem Medo

Não aceitamos o golpe contra a democracia e nossos direitos!

Vamos derrotar o golpe nas ruas!

Este 17 de abril, data que lembramos o massacre de Eldorado dos Carajás, entrará mais uma vez para a história da nação brasileira como o dia da vergonha. Isso porque uma maioria circunstancial de uma Câmara de Deputados manchada pela corrupção ousou autorizar o impeachment fraudulento de uma presidente da República contra a qual não pesa qualquer crime de responsabilidade.

As forças econômicas, políticas conservadoras e reacionárias que alimentaram essa farsa têm o objetivo de liquidar direitos trabalhistas e sociais do povo brasileiro. São as entidades empresariais, políticos como Eduardo Cunha, réu no STF por crime de corrupção, partidos derrotados nas urnas como o PSDB, forças exteriores ao Brasil interessadas em pilhar nossas riquezas e privatizar empresas estatais como a Petrobras e entregar o Pré-sal às multinacionais. E fazem isso com a ajuda de uma mídia golpista, que tem como o centro de propaganda ideológica golpista a Rede Globo, e com a cobertura de uma operação jurídico-policial voltada para atacar determinados partidos e lideranças e não outros,

Por isso, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo conclamam os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, e as forças democráticas e progressistas, juristas, advogados, artistas, religiosos a não saírem das ruas e continuar o combate contra o golpe através de todas as formas de mobilização dentro e fora do País.

Faremos pressão agora sobre o Senado, instância que julgará o impeachment da presidente Dilma sob a condução do ministro Lewandowski do STF. A luta continua contra o golpe em defesa da democracia e nossos direitos arrancados na luta, em nome de um falso combate à corrupção e de um impeachment sem crime de responsabilidade.

A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo desde já afirmam que não reconhecerá legitimidade de um pretenso governo Temer, fruto de um golpe institucional, como pretende a maioria da Câmara ao aprovar a admissibilidade do impeachment golpista.

Não reconhecerão e lutarão contra tal governo ilegítimo, combaterá cada uma das medidas que dele vier a adotar contra nossos empregos e salários, programas sociais, direitos trabalhistas duramente conquistados e em defesa da democracia, da soberania nacional.

Não nos deixaremos intimidar pelo voto majoritário de uma Câmararecheada de corruptos comprovados, cujo chefe, Eduardo Cunha, é réu no STF e ainda assim comandou a farsa do impeachment de Dilma.

Continuaremos na luta para reverter o golpe, agora em curso no Senado Federal e avançar à plena democracia em nosso País, o que passa por uma profunda reforma do sistema político atual, verdadeira forma de combater efetivamente a corrupção.

Na história na República, em vários confrontos as forças do povo e da democracia sofreram revezes, mas logo em seguida, alcançaram a vitória. O mesmo se dará agora: venceremos o golpismo nas ruas!

Portanto, a nossa luta continuará com paralisações, atos, ocupações já nas próximas semanas e a realização de uma grande Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, no próximo 1º de maio.

A luta continua! Não ao retrocesso! Viva a democracia!

Frente Brasil Popular

Frente Povo Sem Medo

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