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ESCOLA 7 DE OUTUBRO > LISTAR NOTÍCIAS > TERMO DE COOPERAÇÃO GARANTE RETOMADA DA PESQUISA EMPREGO E DESEMPREGO DO DIEESE NA RMBH

Termo de Cooperação garante retomada da Pesquisa Emprego e Desemprego do Dieese na RMBH

02/12/2015

Com novo Plano Amostral e questionário mais completo, PED vai subsidiar políticas de públicas para o mercado de trabalho

Escrito por: Rogério Hilário, com informações da SEDESE

 

Retratar as novas características do mercado de trabalho, trazer à luz as demandas sociais e subsidiar políticas públicas que apostem no desenvolvimento são os principais propósitos da Nova Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Nova PED-RMBH), apresentada na tarde de terça-feira (1°), na Cidade Administrativa, pela Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese), Fundação João Pinheiro (FJP) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O Termo de Cooperação Técnica para aprimoramento da base amostral que vai balizar a retomada da PED, interrompida em junho de 2014, foi assinado pelo secretário André Quintão;  o coordenador do Dieese em Minas, integrante da Direção Estadual da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) e diretor do Sindicato Único do Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG), Paulo Henrique Santos Fonseca, e o presidente da FJP, Roberto Nascimento Rodrigues. A expectativa é de que a pesquisa volte a ser realizada em abril de 2016 e os primeiros dados sejam divulgados em julho. Também participaram da solenidade o coordenador da Escola Sindical 7 de Outubro e dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte, Contagem e Região, Adilson Pereira dos Santos; e o assessor da Escola, Carlos Sacramento.

Ao anunciar a nova estrutura e metodologia da PED-RMBH, a coordenadora Técnica do Sistema PED, Lúcia Garcia, destacou algumas novidades importantes, como a aplicação de um Plano Amostral que representará os 34 municípios da RMBH e sua divulgação em bases sub-metropolitanas.

Isso significa, explicou o economista do Dieese Fernando Duca, que, além da divulgação dos dados gerais, representando toda a Grande BH, serão publicadas informações sobre três “domínios de interesse”: o município pólo de Belo Horizonte, o Vetor de Expansão Industrial (Betim e Contagem) e o Vetor Norte Expandido (Vespasiano, Santa Luzia, Ribeirão das Neves e Lagoa Santa).

Essas novidades vão permitir, na avaliação de Duca, mais compreensão sobre a dinâmica econômica da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A pesquisa apontou que, juntos, esses três “domínios de interesse” são responsáveis por 86,1% do PIB do estado e abrigam 82,1% da população de Minas Gerais.

Outra inovação vital da nova PED é a estratégia de aplicação do novo questionário, frisa Lúcia Garcia. A pesquisa terá um questionário base fixo e questionários complementares, que podem ser aplicados em períodos específicos do ano. Além disso, há os questionários suplementares, para a discussão de temas regionais, por exemplo.

Em resumo, a organização do novo questionário terá um núcleo, blocos complementares e suplementares, lembrando que nem sempre os suplementares serão usados. Como exemplo, Lúcia Garcia citou que escolaridade é algo que se deve investigar mensalmente, mas, cotas para negros é um detalhe que pode ser averiguado uma vez por ano. O núcleo básico da PED, afirma, é aquilo que se altera conjunturalmente, de um mês para o outro.

 

Arranjo realista

A pesquisadora lembrou que a PED-RMBH foi feita ao longo de 35 anos, desde a década de 1980, tendo sido interrompida em junho de 2014. “Tivemos a tranquilidade, a sabedoria, de avaliar o processo para retomar a PED com um avanço qualitativo e em bases que garantem um arranjo mais realista para os parceiros. É óbvio que a interrupção é ruim para a série histórica. Mas, uma vez que encontramos o processo interrompido, preferimos retomá-lo com cuidado, para que não padeça dos equívocos do passado. Incluímos a PED como ação no Orçamento, como política pública”, disse o secretário de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social, André Quintão.

As diferenças entre a pesquisa que se fazia e a nova PED, garante Lúcia Garcia, é que o trabalho que se inicia agora permitirá entender a formação da renda das famílias que vivem na Região Metropolitana de Belo Horizonte. “Vamos saber exatamente como as pessoas vivem e trabalham na RMBH. Vamos ter a compreensão da família como núcleo de produção e consumo, entender a qualidade de vida da população trabalhadora, o papel da mulher no mercado de trabalho. A antiga metodologia tinha um custo elevado e a plataforma não era flexível. Agora, com a possibilidade de articulação de temas, a PED se enriquece muito em qualidade”, reafirma.

Para o presidente da FJP, professor Roberto do Nascimento, um dos grandes avanços da nova metodologia é exatamente essa plataforma flexível, que introduz a possibilidade de subsidiar o desenho de políticas públicas, em especial, para o mercado de trabalho. “Nos permite acompanhar o movimento, a tendência de mudança e a velocidade”, pondera.

“Foi uma luta muito grande de todos, para voltar com mais força, de forma mais assertiva, dando respostas mais urgentes à sociedade mineira”, atestou o coordenador regional do Dieese em Minas Gerais, Paulo Henrique Santos Fonseca, sobre a apresentação da nova PED.

Assinatura do Termo de Cooperação Técnica

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