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29/01/2016
Desde a sua fundação, a Escola Sindical 7 de Outubro é um espaço de referência para a realização de atividades das organizações políticas da classe trabalhadora brasileira. Entre os dias 28 e 29 de janeiro, a Escola é palco da Conferência Estadual da CSD de Minas Gerais, reunindo dirigentes e militantes do movimento sindical CUTista.
Nesta manhã (28), a mesa de Análise de Conjuntura da Conferência Estadual foi coordenada por Stefanio Marques Teles, assessor dos Metalúrgicos de BH/ Contagem. E contou com a participação do professor Juarez Guimarães (UFMG), de Rosana de Souza Fernandes, Secretária Adjunta de Combate ao Racismo da CUT Nacional, da Deputada Federal Margarida Salomão (PT/MG), de Ubirajara Freitas, Superintendente Regional do Trabalho de Minas Gerais, e da Rosane da Silva, ex-dirigente da CUT Nacional e assessora especial do Ministério do Trabalho e Emprego.
Segundo Stefanio Marques, o cenário é preocupante para os trabalhadores. As mobilizações de massa da classe trabalhadora barraram o impeachment da presidenta Dilma Rousseff em 2015, mas não está sacramentado, precisamos continuar na defesa da democracia, mas também cabe ao governo federal sinalizar para os trabalhadores com a mudança na política econômica, com geração de empregos, redução da taxa de juros e mais investimentos, disse.
O professor Juarez Guimarães acredita que o fortalecimento da estratégia da Frente Brasil Popular deve ser consolidada como forma dos movimentos sociais assumirem o protagonismo no combate à onda conservadora que se manifesta no Brasil. Para ele, o desafio está na construção da solidariedade de classe entre os trabalhadores em torno da defesa dos seus objetivos históricos e imediatos.
A Deputada Federal Margarida Salomão enxerga que o pagamento das pedaladas fiscais, realizado pelo Ministro da Fazenda Nelson Barbosa, foi uma medida importante para capitalizar a Caixa Econômica, o BNDES e o Banco do Brasil. Com esta medida, o governo federal fortalece o papel dos bancos públicos na retomada do crédito e dos investimentos, enfatizou. Também afirmou que devemos inverter a pauta da imprensa, pois esse governo é o que mais combate a corrupção na história do Brasil, e o que devemos continuar é a distribuição de renda no Brasil.
O desafio do combate à precarização do trabalho é uma dos desafios que devem ser assumidos pelo movimento sindical CUTista, para a dirigente Rosana Fernandes. Cerca de 1/3 dos trabalhadores brasileiros ocupa postos de trabalho precários, disse. Para ela, lutar por mais e melhores empregos é bandeira prioritária para o enfrentamento à exclusão social das mulheres, dos negros e jovens brasileiros.
Ubirajara Freitas chamou atenção para o trabalho de politização da sociedade, tendo em vista que uma parcela significativa dos brasileiros não conheceu as mazelas da era neoliberal no país. Para o Superintendente Regional do Trabalho, as Frentes unificadas de luta devem priorizar o combate às mentiras da direita e de sua mídia hegemônica, sendo determinante continuar erguendo as bandeiras históricas da classe trabalhadora.
Rosane da Silva avalia que a CUT tem cumprido um papel determinante para o enfrentamento da conjuntura adversa no país. Para ela, o momento é de fortalecer a rearticulação política dos movimentos sociais, através da Frente Brasil Popular, lançada em setembro de 2015, em Belo Horizonte. No âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego, a intenção do Ministro Miguel Rossetto é de criar uma agenda positiva do trabalho na sociedade, tendo em vista a política de valorização do salário mínimo e a defesa do trabalho decente.
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